Entramos no Outono e não tardará muito para que comecem as primeiras chuvas e com elas o habitual aroma a terra molhada. Mas a que cheira a terra molhada? A resposta é: a muitas coisas.

 

Este tema foi alvo de um estudo aprofundado de 2 cientistas australianos nos anos 60 do século XX. O artigo que publicaram apontava para 3 origens do aroma que se liberta da terra por acção da chuva ao qual baptizaram de Petrichor:
– os óleos essenciais libertados pelas plantas durante o tempo seco vai-se acumulando no solo e rochas, ficando “preso” a aguardar pacientemente a chuva libertadora;
– um composto chamado geosmin que é produzido por bactérias presentes no solo;
– ozono quando ocorre trovoada junto com a chuva;

O geosmin é o maior responsável pelo cheiro que identificamos como terra molhada. Esta molécula está presente na beterraba e confere-lhe o sabor a terra. Está também presente em peixes de rio como as carpas conferindo-lhes um forte sabor. O nariz humano é extremamente sensível ao geosmin pelo que detectamos rapidamente este componente do cheiro a terra molhada. Uma possibilidade para esta grande sensibilidade é ter permitido aos nossos antepassados encontrarem locais zonas húmidas que conteriam mais alimento.

A chuva ao cair no solo seco liberta os óleos que estão depositados e também o geosmin, que em conjunto criam este aroma tão característico quanto fugaz.

Quando em breve sentir as primeiras gotas de água a cair já sabe: vem aí o aroma a terra molhada.

Saudações perfumadas!

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